Fotografia

Qual a diferença entre o Lightroom e o Photoshop? E qual escolher?

Selecionamos dois dos softwares mais usados pelos profissionais da área para uma comparação: Lightroom e Photoshop.

há 6 anos 4 meses

Se você é um iniciante na carreira de fotografia, design ou de produção audiovisual, sabe que é imprescindível escolher bons programas de edição para elevar seus trabalhos ao melhor potencial. Para ajudar você nessa escolha, selecionamos dois dos softwares mais usados pelos profissionais da área: Lightroom e Photoshop.

Antes de acreditar que um ou outro é mais eficiente, entender as principais semelhanças e diferenças entre os dois é o melhor caminho para optar pelo que terá melhor desempenho no tipo de edição que você deseja realizar.

É muito natural que surjam dúvidas na hora de escolher. Pronto para tirar todas elas? Então acompanhe este post!

O que são Lightroom e Photoshop?

Apesar de semelhantes, os softwares evoluíram de forma bastante diferente na gama de funcionalidades e no modo como são utilizados. Mesmo assim, optar por um deles não significa rejeitar completamente o outro. Ao contrário: eles podem e devem ser utilizados em conjunto, afinal, tudo depende do que você pretende realizar.

Photoshop

É o software mais utilizado no mundo para edição de imagens. Foi inicialmente criado em 1990, para manipulações simples. Desde então, tem crescido e ganhado um número de funcionalidades ilimitado, tanto por meio das próprias atualizações de programa feitas pela Adobe quanto pela adição de plugins disponibilizados aos usuários.

Praticamente um laboratório, com o Photoshop é possível fazer qualquer coisa: recortes, efeitos, montagens, fusões… Sua gama de comandos é tão ampla que é quase impossível uma única pessoa conhecer todas as possibilidades. O programa permite edições em múltiplas camadas, memoriza caminhos inteiros de alterações e, a cada liberação, traz ferramentas cada vez mais úteis.

Suas desvantagens principais são a ausência de funções de gerenciamento de arquivos, a relativa dificuldade de aprendizagem (que requer muita prática) e não ter internamente a edição de arquivos RAW — para tratá-los é necessário abri-los usando a extensão ACR (Adobe Camera RAW).

Quando bem realizadas, sabemos que as modificações feitas no Photoshop têm um alto nível de realidade. No entanto, devido à sua enorme popularização, o software não é utilizado apenas por profissionais ou por pessoas com boas habilidades de edição. Isso gera as tão conhecidas deformações, que denunciam a manipulação da imagem.

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Lightroom

Construído como um subgrupo de funções complementares ao Photoshop, o Lightroom é ao mesmo tempo editor e gerenciador de imagens, frequentemente usado para manipulação em grande quantidade de arquivos. É capaz de ler automaticamente e gerar um catálogo de dados com as informações das fotos importadas — como tipo de câmera, ISO, velocidade do obturador, abertura etc.

O Lightroom tem como vantagens principais tudo aquilo que o Photoshop não possui: é mais acessível na aprendizagem, trabalha com arquivos RAW, permite marcar e classificar fotos (e vídeos, nas versões mais recentes) etc. Tudo isso torna muito mais práticas as tarefas como tratar fotos com os mesmos efeitos e escolher as melhores dentre centenas. Assim, você otimiza seu tempo e sua forma de trabalhar.

Em uma das atualizações mais recentes, podemos ver que dentro do pacote de softwares criativos há dois ícones para o Lightroom. Um deles ficou com a denominação de Lightroom CC e o outro, Lightroom Classic CC. O Classic CC é o novo nome do software que já conhecemos, com algumas alterações na importação e na transição entre fotos, que tornaram seu desempenho muito mais rápido.

A principal diferença é que o novo CC é uma versão mais simplificada. Criada para usuários que têm a fotografia como hobby, inicialmente foi pensada para smartphones e tablets, mas agora também tem versão para desktop. Ele é ainda mais fácil de aprender e agrupa as ferramentas e as imagens de forma mais intuitiva.

As desvantagens do Lightroom é que ele não possui uma gama de comandos tão ampla, não realiza edição em camadas e é voltado para o tratamento específico de fotografias.

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Quais são as semelhanças entre eles?

Se você já reparou nos nomes completos dos programas — Adobe Photoshop e Adobe Photoshop Lightroom —, percebeu que ambos são desenvolvidos pela Adobe e fazem parte de uma série de softwares que, juntos, formam a Creative Cloud. Nasceram com o objetivo principal de edição de imagens e aceitam trabalhar os mesmos formatos (JPEG, TIFF, PNG, RAW).

Tanto no Photoshop quanto no Lightroom, é possível encontrar desde as ferramentas mais básicas, como efeitos automáticos — por exemplo, preto e branco ou sépia — até comandos avançados, que modificam saturação, corrigem distorções, ajustam exposição e alteram curvas.

Em ambos, é necessário exportar as fotos após o tratamento para formatos que possam ser impressos ou publicados, como JPEG, TIFF, PNG e outros.

Quais são as diferenças?

Entre as principais diferenças temos que, no Photoshop, as alterações feitas interferem em definitivo e diretamente sobre os pixels da imagem original — o que comumente chamamos de edição destrutiva. Para evitá-la, é necessário um procedimento um pouco trabalhoso: primeiramente é preciso salvar a imagem editada em um formato interno do Photoshop (PSD), que armazena todas as alterações, e só então exportar para formatos compartilháveis.

Assim, o profissional é obrigado a manter três arquivos diferentes: o original, o PSD e o compartilhável. Esse processo gera conjuntos extensos de informações, exclusivos para cada imagem, e que, consequentemente, são pesados e ocupam muito espaço no HD do seu computador.

Já o Lightroom trabalha de forma diferente: não age diretamente sobre os pixels das fotos, mas cria bancos de dados dentro do próprio programa, que codificam as informações de como as imagens devem ser processadas no momento da exportação. Assim, os arquivos originais são mantidos intactos.

Mesmo operando dessa forma, o Lightroom não ocupa um espaço excessivo no HD do seu computador (mais uma vantagem). Outra divergência é que as ferramentas do Lightroom que permitem sinalizar e classificar as imagens não estão presentes no Photoshop, pois esse último não mantém catálogos das imagens importadas.

Qual é mais indicado para a minha profissão?

O Lightroom é mais específico para fotógrafos, por profissão ou por hobby, que desejam e necessitam processar grandes lotes de suas fotografias. Ele lida com o ciclo inteiro, desde a importação das fotos a partir do cartão de memória da câmera até a edição e a impressão. Outra vantagem é a possibilidade de organizar as imagens em apresentações de diversos tipos, como slides ou livros.

Mesmo assim, após a classificação e a escolha das fotos favoritas, antes da impressão definitiva, edições complementares sobre as fotos podem ser realizadas no Photoshop.

Já para profissionais de outras áreas criativas — como publicidade, marketing, arquitetura, design e arte —, o Photoshop é mais indicado. Ele possui funcionalidades imbatíveis, que nenhum outro software consegue equiparar, possibilitando edições mais profundas e eficientes para atingir seu objetivo final.

Qual devo comprar?

Em épocas anteriores, o Photoshop aparecia em pesquisas como preferência absoluta no uso, mas nos últimos anos o Lightroom teve um crescimento surpreendente quando comparado ao seu “irmão” e a outros softwares existentes no mercado. Isso porque a Adobe tem se empenhado em diversas melhorias para o programa, mesmo em suas versões mais básicas.

Em suma, para você escolher melhor, defina com clareza seus objetivos. Se você é fotógrafo amador ou profissional e deseja uma ferramenta que permita editar intuitivamente, organizar e que permita compartilhamento fácil em redes sociais, o Lightroom deve ser sua melhor aposta.

Entretanto, se quer um programa que propicie alterações de imagem mais amplas e detalhadas, e não tem necessidade de trabalhar com grandes quantidades de arquivos, o Photoshop certamente o atenderá da melhor forma.

O mais provável é que, mais cedo ou mais tarde, devido à complementaridade dos programas entre si, você acabará por adquirir os dois. A Adobe facilitou isso ao lançar a Creative Cloud, em que é possível pagar um valor mensal pelo uso dos produtos, mas, caso prefira, pode adquiri-los separadamente.

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Autor(a) do artigo

Bruno Baltarejo
Bruno Baltarejo

Coordenador de audiovisual. Trabalho com edição e pós produção. Adobe Certified Instructor em After Effects, Premiere, Illustrator, Lightroom, Photoshop, Video Specialist.

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